sábado, 8 de março de 2008

Breve comentário sobre Bonito pra Chover

Em 2007 tivemos a felicidade de sabermos das comemorações a Floresta no seu Centenário.


Nossos escritores têm falado de nossa terra durante esses anos, revelando sua história seu povo e suas lutas: Dr. Álvaro Ferraz, Coronel Carlos Ferraz, Leonardo Gominho. Mas em homenagem ao centenário, surge o livro BONITO PRA CHOVER que dá um banho de poesias ao falar do nosso lugar.
Aqui deixo o comentário que fiz aos autores:
Guto Ferraz e Diogo Leal

Breve comentário sobre Bonito pra Chover

Extraordinário domingo, esse de hoje (12 de agosto 2007), quando tomo pra perto de mim essa obra elegante de Guto Ferraz e Diogo Leal. Percebo não ser possível apenas ter afeto por ela, mas é preciso descê-la da cabeça ao pé, tocando-a numa emoção recíproca de quem se encontra de fato em afinidade, sendo impossível partir sem a sensação final de ter tido pleno prazer. De fato, “um céu que pode estar aqui ou ali...”.
No vôo alto de andorinhas...,
Solene como pôr- do- sol visto da Ermida....
Naveguei no “Navio de pedra” e assim fiquei aninhada em luas de alfenins. Uma doçura, como aquela que passeava devagar pelas calçadas, no tabuleiro de Pitu.
E como a própria poeira, senti a esvair na distância, o sentimento... Ao tomar o sobrado de Bilia que lia do olhar caixeiro-viajante... as igrejas se entreolhando separadas por três praças com pilares de um coreto...
Bem diante se cumpri mês de maio de joelhos até vir novo dezembro no sussurro de três pífanos...
Senti na procissão a louvar, a barra escurecida, chuva que talvez pudesse vir dali a instantes. “Nada pode ser mais bonito como chuva no sertão.” E nesse BONITO PRA CHOVER, os sentidos todos se encontraram.
Diante desse CLOSE, na face dos casarios (tão bem colhido por Diogo) só faltou mesmo, um cheiro real (sache) de tamarindos nas páginas.
Obrigada, autores Florestanos, dos anos 40 e 80. Quem dera os netos que ainda não tenho conheçam essa obra e possam saber que daí, parti feliz. Banhada no Riacho do Navio, aquecida pelo sol do meu sertão, ouvindo o bem-te-vi do Alto Monte, acolhida pela Terra dos Tamarindos, abençoada pelo Bom Jesus dos Aflitos.
Parti em 70, para capital pernambucana que não me preenche a Floresta, que guardo no peito e na retina .
Parabéeeeeens Guto e Diogo.
Muito bem.

Lourdinha Ferraz


Contato: lourdinhaferraz@yahoo.com.br

4 comentários:

Anônimo disse...

Lindo de morrer.My mother is the best!!!

Anônimo disse...

Parabéns por nos ter propiciado a grande oportunidade de revivermos coisas tão salutares vividos especialmente entre os anos de 60 a 70 em minha querida Floresta.
Quero agradecer pelo valioso presente que é SERTÃO,SABORES E SENTIMENTOS.

Escada,12 de março de 2008

Monique Beltrão disse...

Eu vi o livro de Guto e Diogo, ta lindao, mesmo.A mistura foi boa: Guto com as palavras e Diogo c as imagens...

Anônimo disse...

Tive o prazer de me defrontar com o lindo livro de poesias:bonito pra chover e agora encontro esses textos lindos sobre a cidade de Floresta.Concluo que nessa cidade há muitos inteletuais e verdadeiramente amantes do lugar onde nasceram e tiveram a felicidade de vivenciarem tão bem a juventude.Quero deixar meus cumprimentos aos escritores dessa terra,assim como ao povo que faz dessa cidade tão querida.

Quem sou eu

Recife, Pernambuco, Brazil