sábado, 8 de março de 2008

Abertura do livro Sertao, sabores e sentimentos






Pensar em Floresta é pra mim quase um delírio. Tomo como reais coisas que se foram... Escuto sons, sinto cheiros e sabores. São misturas de alegria, saudade e as sensações de perda. Por trinta e sete anos lidei com esses sentimentos, distante geograficamente dela, quase por todo tempo. No ano de 2007, ano especial para nossa cidade, parecia não ter mais por que não registrar o que vem na memória. Para o papel passei o que meus cinco sentidos me fizeram sentir. Montei assim Sertão, Sabores e Sentimentos, com toda simplicidade, visando retomar a própria vida, desde a criança na fazenda, depois a estudante e adolescente na Terra dos Tamarindos e por fim, na capital pernambucana. Não tive em momento algum, interesse em transformar os escritos em algo literário, grandes escritores Florestanos já tão bem fizeram. Queria mesmo era me relembrar criança, fazer sua pintura mental, oxigenar meu peito com ares rurais, lembrar de sons, objetos, bichos e frutos do mato. Tocar na amada Floresta, como em quem adora, montar todas as peças do quebra - cabeça que faz sua imagem, acrescentando pedacinhos da Floresta atual, crescida, que não conheço, mas tomo como familiar. No fundo, queria me sentir filha acolhida em sua vida centenária, me reencontrar vindo do passado ao encontro do presente.

6 comentários:

Monique Beltrão disse...

Isso é que é gostar de algum canto. É deixar q esse lugar aguce seus variados sentindos por tanto tempo, mesmo q por algum tempo longe.

Fabrício Ferraz Xavier disse...

De certa forma sei bem o que é ter esses sentimentos por uma terra querida! Adorei os textos! Beijos

Anônimo disse...

Lourdinha...é mais fácil falar com o Presidente Lula do que com você. Mas, tem nada não. Preciso mesmo lhe dizer é que a emoção é assim: laça, enlaça, rodeia, invade, sem pedir licença. Simplesmente chega, quando vivemos com intensidade e verdadeiramente. E vida para mim só é vida quando sentida com emoção. Seja do jeito que você faz com os seus textos, seja como eu em meu Bonito pra Chover. Importante é que a apanhemos na veia, com força e sentimento, como está sendo o seu trabalho no blog, quer no que concerne ao geral ou ao particular, à nossa querida Floresta.
Parabéns, Lourdinha, e espero que um dia tudo isso se transforme em um livro.Em seu texto para Geanne você conseguiu superar-se.
Conversaremos mais. Beijo

GEANNE FERRAZ disse...

ISSO É QUE É TER SENSIBILIDADE A FLOR DA PELE, RETRATAR O QUE VIVEU...
TER NA LEMBRANÇA GOSTO, O CHEIRO, E SABER TRANSMITIR TÃO BEM EM PALAVRAS...
TE ADMIRO DEMAIS.

Tadeu José Ferraz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tadeu José Ferraz disse...

Exelente,tudo bem e em seu devido lugar sem tirar nem por,fiquei lisongeado com a citação de Catarina,mamãe e eu claro,você tem em mãos realmente o que era e é a vida em uma cidade do interior,que apesar de todos os avanços sempre tem diferença de uma capital ou cidade com grande desenvolvimento industrial,mas quem ama seu torrão sempre tem espaço digno de ser retratado,PARABÉNS.Bjos.

Quem sou eu

Recife, Pernambuco, Brazil